Há 19 anos, eu dava meus primeiros passos em uma jornada que mudaria completamente a minha vida.
Foi quando entrei no Banco do Brasil, uma empresa que eu aprendi a amar e que me possibilitou ser quem sou hoje: uma mulher trans, profissional, líder, e alguém que cresceu muito ao longo de todos esses anos.

De Castro para o Brasil
Comecei lá atrás, em uma pequena cidade chamada Castro, recém-formada em Física pela UEPG. Passei em um concurso para o qual, sinceramente, eu nem havia estudado. Meu pai, também bancário, insistiu para que eu fizesse a prova e hoje sou profundamente grata por isso.
Entrei achando que ficaria apenas alguns anos. Acabei encontrando uma carreira. E, mais do que isso, encontrei um propósito. Ao longo de quase duas décadas, passei por cinco cidades, em quatro estados diferentes, construindo uma trajetória marcada por entrega, aprendizado e resiliência. Há dez anos, assumi minha primeira gerência geral em uma agência no interior de Pernambuco, e foi justamente ali que vivi um dos capítulos mais importantes da minha vida: meu processo de afirmação de gênero.

Diversidade, respeito e pertencimento
Esse momento simboliza o compromisso da empresa com a diversidade e com a dignidade das pessoas. Eu jamais esquecerei o apoio que recebi, as portas que se abriram e o quanto pude crescer sendo eu mesma. Não foi sempre fácil. Ninguém percorre 19 anos sem enfrentar desafios. Mas, entre altos e baixos, o saldo é de profunda gratidão.
São tantas pessoas para agradecer que, se eu fosse listar uma por uma, passaria horas escrevendo. Então deixo aqui um agradecimento especial à Presidenta Tarciana, que simbolicamente representa todas essas pessoas incríveis. E também ao Banco do Brasil, por tudo que me proporcionou.

Raízes que permanecem
Hoje, mesmo estando cedida à Cielo, olho para trás com carinho e orgulho. O Banco do Brasil foi o solo onde minhas raízes profissionais criaram força. Onde aprendi, errei, acertei, amadureci e me transformei.
Obrigada a cada um que contribuiu para que eu chegasse até aqui. Obrigada por acreditarem em mim, muitas vezes até antes de eu acreditar.
19 anos depois, sigo com o coração cheio. E cheia de gratidão!


